Cidades Invisíveis apresenta coleção artesanal de braceletes

Peças foram produzidas por mulheres que vivem no Frei Damião, maior favela de Santa Catarina

Há seis anos impactando positivamente comunidades vulneráveis do Brasil e do mundo, o projeto Cidades Invisíveis, apresentou no último sábado (31), no Jardins Resto Café, sua coleção de braceletes feitos artesanalmente por mulheres que vivem no Frei Damião, favela com o menor índice de desenvolvimento humano. As vendas serão revertidas 100% para estas mulheres contribuindo para seu desenvolvimento, gerando trabalho e renda.

Quem prestigiou o evento teve a oportunidade de adquirir peças feitas com amor por mulheres cheias de vontade de trabalhar e muita criatividade. A primeira produção foi desenvolvida por Cristiane, mãe de cinco filhos e que sustenta a família com 186 reais por mês. A designer de joias Fabi Jorge colocou seu talento para a produção das peças. “Sempre quis participar de um projeto social que impactasse não só a minha vida. Foi nessa busca que conheci o Samuel. O mais emocionante foi ensinar as mulheres na comunidade a produzir as pulseiras” – afirma a designer. Cristina, mãe de três filhos, abusou da sua habilidade em costura para produzir as sacolinhas onde são guardados os braceletes.

Por trás da produção desses braceletes estão histórias reais de famílias que sobrevivem muitas vezes apenas com o que recebem por mês do programa federal Bolsa Família. As vendas ocorreram no Jardins Restô e segue a partir desta segunda (2) nas lojas Bárbara K (Beira-mar Shopping) e Augusto Joalheria (Shopping Itaguaçu).

Fundador do Cidades Invisíveis, o fotógrafo Samuel Schmidt vê com orgulho os resultados do trabalho que iniciou há seis anos após o despertar de um sonho. “Nossos programas sociais são desenvolvidos para que todos consigam crescer com independência. O que importa é o que as pessoas fazem em nossa ausência, e não com a nossa presença. Queremos impactar pessoas que vivem privadas da liberdade básica de sobreviver: privação de alimentos, saneamento básico ou água potável, educação eficaz, emprego rentável, liberdades políticas e direitos cívicos. Imagens que nos forçam a enxergar esta realidade. Acreditamos que a arte transforma, seduz e instiga. E por isso ela revoluciona. Isso só é possível quando agimos pensando na coletividade”.


Cidades Invisíveis

Mais do que uma marca, o Cidades Invisíveis é um negócio social que, através da arte, da moda e do empreendedorismo, transforma a vida de pessoas que realmente necessitam. Idealizado pelo fotógrafo Samuel Schmidt, o projeto iniciou sem nenhum planejamento ou noção da dimensão que a iniciativa poderia tomar, apenas com o intuito de ajudar uma família carente que chamou a atenção dele.

Há seis anos o Cidades Invisíveis reúne artistas que adaptam a sua arte em releituras de fotografias que são estampadas em camisetas e, depois de comercializadas, têm o lucro revertido para comunidades carentes ou causas sociais.

Crédito das fotos: David Collaço

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