Casa Cidades Invisíveis será núcleo fixo de impacto social com oficinas, atendimentos e arte para a comunidade

Florianópolis, a cidade onde tudo começou, agora testemunha o invisível tornar-se visível. A partir de 25 de setembro, o endereço do Instituto Cidades Invisíveis será no Calçadão da João Pinto, número 212, no coração do Centro Leste da capital catarinense. O espaço marca uma nova fase do projeto social, firmando raízes no solo onde nasceu sua missão há mais de 13 anos: se dedicar a transformar realidades com dignidade, educação e afeto.
A nova casa será mais do que uma sede administrativa: será abrigo, farol e palco para histórias de superação, aprendizado e oportunidade. Com estrutura para acolhimento psicossocial, oficinas educativas, culturais e esportivas, o espaço será lar de ações contínuas voltadas a crianças, adolescentes, adultos e famílias em situação de vulnerabilidade social da região da Grande Florianópolis.
“Esse é um passo simbólico e concreto. O Cidades nasceu aqui, percorreu muitos territórios, espalhou arte e oportunidades por onde passou. Voltar para casa com um espaço próprio é como dizer à cidade que seguimos vivos, com ainda mais força, prontos para impactar ainda mais vidas”, afirma Samuel dos Santos, idealizador do Instituto.
A organização social encerrou o ano de 2024 com resultados expressivos no combate à pobreza e à desigualdade em Florianópolis (SC), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), São Sebastião (SP) e Canela (RS). Ao longo do ano, a instituição expandiu suas ações para impactar indiretamente mais de 30 mil pessoas em comunidades vulneráveis, reforçando sua missão de transformar realidades por meio da educação, cultura, lazer e assistência social.
A aluna do projeto Modelagem, Corte e Costura, de Florianópolis, conta que conheceu o projeto por meio de sua filha, que já fazia aula. “Um dia eu fui esperar ela, e fiquei olhando da porta. O professor me chamou dizendo para eu entrar para conhecer, e eu gostei. Comecei a fazer aula na mesma época da enchente no Rio Grande do Sul. As alunas estavam fazendo travesseiro para mandar pra lá. Eu não sabia costurar nada, mas no terceiro dia eu já estava ajudando a fechar na overloque os moletons pra gente mandar pra lá. E nessa… eu estou até hoje, gostei muito e não tem quem me tire. Estou aprendendo muito,” conta Lívia Silva.
O programa BONSAI Floripa, que guiará as atividades na Casa Cidades Invisíveis, será organizado em cinco eixos: educação, cultura, esporte, profissionalização e acolhimento psicossocial. As ações serão implementadas de forma gradual, ao longo das etapas do projeto. Serão realizadas oficinas de reforço escolar, artes marciais, dança, modelagem, corte e costura e informática, além de workshops nas áreas de gastronomia, estética e empreendedorismo.
“A realização deste sonho não seria possível sem o apoio de patrocinadores como o Café com Deus Pai, Nexxra e o Instituto Pedra Branca. A manutenção da casa se dará com apoio recorrente de patrocinadores, vendas de roupas de marca própria e empresas solidários que ajudem a manter viva essa construção coletiva de dignidade,” afirma Samuel.
A Casa Cidades Invisíveis é, acima de tudo, a concretização de um território afetivo onde o impossível começa a ganhar forma. Um espaço que nasce para revelar talentos, escutar histórias, oferecer cuidado e devolver às margens o centro do olhar.
Sobre o Cidades Invisíveis
Criado em 2012 com o sonho de mudar realidades e transformar vidas, o Cidades Invisíveis é um Instituto Social que atua em diversas cidades do país, impactando milhares de jovens em situação de vulnerabilidade, agindo como um instrumento para a redução da pobreza e da desigualdade nas suas mais diversas dimensões. Desenvolve diversos projetos em parceria com artistas locais e nacionais, onde a renda arrecadada pelas ações tem parte do lucro revertida para a transformação social em várias comunidades. Dentro de seus Bonsais, espaços próprios dos projetos nas comunidades, dispõe de programas que possibilitam o acesso ao conhecimento, aconselhamento, novas tecnologias, cuidados básicos, lazer, cultura, entre outros, para a aceleração de potenciais humanos que, muitas vezes, estão desassistidos pelo poder público.